segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tragédia em Realengo

 Na última quinta-feira (07/04), Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou, no começo da manhã, na escola municipal Tasso da Silveira, sua ex-escola, com o propósito de se vingar das pessoas que um dia gozaram dele, mas foi com o propósito de pegar a segunda via de seu histórico escolar e também porque já foi aluno da escola que Wellington conseguiu entrar facilmente.
         Estava munido de dois revólveres, um calibre 38 e o outro calibre 32, cinto com muita munição e um carregador, que facilita e agiliza o carregamento das armas, com ele, Wellington podia fazer mais vítimas em menos tempo.  
        Logo após Wellington ter pego o histórico escolar, pediu pra falar com uma ex-professora, sem aparentar estar alcoolizado ou drogado. A professora é chamada na diretoria e Wellington se dirige à sala do lado, onde fala que vai dar uma palestra, tira os dois revólveres da bolsa e começa a atirar. Lá ele deixa uma bolsa.
        Seus alvos principais eram as meninas, atirava em áreas vitais do corpo, como o tórax e a cabeça. Segundo o relato de um dos alunos, Wellington atirava nas meninas para matar, e nos meninos para assustar e machucar. Vários adolescentes, no começo, acharam que era uma brincadeira, pois não viam sangue sair dos ferimentos. Após um tempo, o sangue começou a jorrar e as crianças apavoradas saíram correndo da sala. Dois desses adolescentes saíram da escola e tentaram achar ajuda, acharam policiais fazendo uma "blitz" à dois quarteirões da escola. Enquanto isso, Wellington continuava fazendo suas vítimas, mas agora em outra sala. Quando Wellington sai da segunda sala e vai em direção à escada que da acesso ao segundo piso, um dos PM's chamado pelos adolescentes, Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, avista o assassino e lhe da um tiro na perna. Wellington, deitado na escada, se suicida com um tiro na boca. O assassino tinha uma incrível habilidade de manuseio das armas, para uma pessoa que "normal". Ele certamente teve aulas de tiros. A bolsa deixada na primeira sala trazia uma carta, em que ele dizia que só os "puros" podiam tocar-lhe, pediu que pegassem seu corpo, limpassem, e enrolassem em um lençol que se encontrava na mochila. Pais começaram a invadir a escola, cercada por policiais, para tentar achar seus respectivos filhos. A maioria achou, mas a minoria teve que se conter com o corpo do filho baleado e estendido no chão. Os nomes das vítimas fatais são:

- Luiza Paula da Silveira, 14 anos
- Karine Chagas de Oliveira, 14 anos
- Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos
- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
- Samira Pires Ribeiro, 13 anos
- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
- Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos
- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
- Géssica Guedes Pereira, 15 anos
- Laryssa Silva Martins, 13 anos
- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
- Igor Moraes da Silva, 13 anos
       

Infográfico mostrando detalhadamente como foi o massacre em Realengo.


















Imagem do corpo de Wellington Menezes após o suicído.
Foto de Wellington Menezes de Oliveira
Trecho da carta deixada por Wellington.

Segunda parte da carta deixada por Wellington Menezes

2 comentários:

  1. Foda essa "reportagem", você explicou muito bem,as imagens e o infográfico explicam muito bem tbm!

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  2. a loucura está , com certeza além da capacidade do homem em entende-la, pode ter certeza que os motivos reais que levaram ele a cometer este crime nós nunca saberemos, nos resta apenas a sanidade de auxilio dos parentes dessas crianças que muito cedo partiram.

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